Por Eduardo Ferreira
A escolha da diretoria do Corinthians de demitir o técnico Vanderlei Luxemburgo foi influenciada não apenas pela consideração de técnicos como Tite e Mano Menezes, sendo que o último estava muito perto de assinar contrato com o clube na quinta-feira (28). O presidente Duílio Monteiro Alves tomou a decisão imediatamente após o empate em 1 a 1 do time contra o Fortaleza na terça-feira (26), no primeiro jogo das semifinais da Sul-Americana. Além do resultado desfavorável, que forçou o Corinthians a buscar a classificação fora de casa, o desempenho e, principalmente, as vaias da torcida ao final da partida, foram determinantes para a demissão de Luxemburgo.
A diretoria do Corinthians não tinha a intenção de interferir na negociação de Tite com o Flamengo, mas, diante da ausência de treinador e considerando a reputação de Tite como comandante da Seleção Brasileira nas duas últimas Copas do Mundo, ele se tornou a primeira opção para o Corinthians. O clube chegou a iniciar conversações com o representante de Tite, mas a indecisão dele em relação a trabalhar nos últimos meses do ano levou o Corinthians a recuar.
Segundo o Lance, outro fator que contribuiu para a demissão de Luxemburgo foi o ambiente no vestiário nos últimos dias. A diretoria percebeu que os jogadores não estavam mais se identificando com a abordagem do treinador, e o trabalho não estava fluindo como deveria. Também havia desacordos com o departamento de saúde e desempenho. Mesmo que Luxemburgo tenha tentado resolver suas diferenças com a equipe liderada pelo fisioterapeuta Bruno Mazziotti nas últimas semanas, ele ficou incomodado com a ausência de Matías Rojas no jogo contra o devido a uma lesão na coxa esquerda.
Para a diretoria do Corinthians, o momento ideal para a demissão teria sido após o jogo contra o Palmeiras, em 3 de setembro, antes de um período de 11 dias sem partidas devido às datas FIFA. No entanto, com o empate sem gols nesse jogo, o departamento de futebol do clube não teve argumentos sólidos para dispensar o treinador e optou por mantê-lo no cargo.
A insatisfação com o trabalho de Luxemburgo foi evidenciada pelo termômetro da Neo Química Arena e pelas vaias que o técnico recebeu nos últimos três jogos em que comandou o Corinthians, quando seu nome foi anunciado pelo sistema de som. Agora, com um novo treinador, a expectativa interna no Corinthians é de que as chances de avançar para a final da Sul-Americana aumentem consideravelmente, mesmo diante da difícil tarefa de buscar a vitória jogando fora de casa contra o Fortaleza.
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