Futebol Brasileiro

Novo diretor financeiro do Corinthians revela dívida de R$ 1,7 bilhão e preocupa Fiel

Santoro é engenheiro e economista, com especialização em finanças

Por Eduardo Ferreira

Santoro é engenheiro e economista, com especialização em finanças

Novo diretor financeiro do Corinthians vê dívida de R$ 1,7 bilhão e prioridade na quitação de curto prazo

O novo diretor financeiro do Corinthians, Rozallah Santoro, conversou com o ge nesta quarta-feira, 20, e revelou as principais linhas de sua gestão. Ele considera a dívida do clube na casa de R$ 1,7 bilhão, incluindo a Arena, e a prioridade será equacionar a dívida de curto prazo, de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões.

"O maior problema financeiro do Corinthians é a dívida de curto prazo. Essa é a dívida que nos tira o sono, que nos impede de fazer contratações, que nos impede de pagar em dia nossos fornecedores", disse Santoro.

Para isso, o diretor financeiro espera contar com a receita da renovação do contrato de direitos de transmissão da TV, que deve girar em torno de R$ 100 milhões. "Esse dinheiro é fundamental para a gente começar a respirar, para a gente começar a organizar a casa", afirmou.

Santoro também falou sobre a folha salarial do futebol do Corinthians, que é de R$ 20 milhões a R$ 24 milhões por mês. Ele considera o valor adequado para o que o clube se propõe a alcançar, mas é preciso gastar melhor o dinheiro.

"A gente tem que buscar eficiência. A gente tem que buscar jogadores que rendam o que o clube paga. A gente tem que buscar um modelo de gestão que seja sustentável", disse.

O diretor financeiro também falou sobre a proposta de vender cotas do fundo imobiliário da Arena. Ele considera o modelo viável, mas só seria interessante se fosse usada para quitar a dívida de curto prazo.

"Se eu pudesse fazer uma operação dessa para limpar o passivo de curto prazo e ter uma reserva de contingência para não perder o pagamento do que está refinanciado, eu faria com certeza", afirmou.

Santoro também falou sobre a auditoria nas contas do Corinthians. Ele disse que a prioridade será passar uma régua, dizendo: "está aqui uma fotografia do momento".

"O Augusto pegou isso aqui chegando no clube", a auditoria vai tirar essa foto. Daqui para frente, tudo o que acontecer é responsabilidade minha", afirmou.

Por fim, Santoro disse que o Corinthians deve estar financeiramente saudável em quatro ou cinco mandatos.

"Na minha opinião, a gente apaga o incêndio nesse mandato e aí temos mais um ou mais dois mandatos para trazer a dívida na casa de R$ 400 milhões. Isso permite que a gente corra sem ter uma mochila de pedra nas costas, permite que todo o serviço da dívida possa ser investido em melhoria do clube, melhorias dos nossos ativos, seja Arena ou CT, melhoria do elenco e, a partir daí, construir um ciclo virtuoso como nos acostumamos há 10 anos", disse.

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