Futebol Brasileiro

Entenda o caso do técnico Cuca que vem gerando protestos da torcida corintiana

O treinador foi condenado por crime de abuso sexual há mais de 30 anos e gerou revolta da torcida corintiana

Por Eduardo Ferreira

O treinador foi condenado por crime de abuso sexual há mais de 30 anos e gerou revolta da torcida corintiana

O Corinthians anunciou o seu novo treinador para a temporada de 2023, após a demissão de Fernando Lázaro, que não resistiu a mais uma derrota no comando da equipe. O nome escolhido pela diretoria foi o do vitorioso treinador, Cuca, que já estará no comando do time nesse fim de semana contra o Goiás. 

O que era para ser apenas mais uma troca de treinador corriqueira do futebol brasileiro, acabou repercutindo novamente um caso criminal ocorrido em 1987, em que o técnico Cuca esteve envolvido quando ainda era jogador do Grêmio.  A história começa quando a equipe do tricolor gaúcho viaja até a Suíça no ano de 1987, para disputar um torneio amistoso com a participação de grandes clubes da Europa, como o Benfica. 

No dia 30 de julho de 1987, uma garota de 13 anos entrou escondida no hotel em que o elenco do Grêmio estava hospedado, para pedir uma camisa do clube junto de alguns amigos. Dentro do hotel, a garota teria entrado em um dos quartos em que estavam quatro jogadores do Grêmio, incluindo Cuca. Instantes depois, a jovem saiu do hotel e foi até uma delegacia prestar queixa de que acabara de sofrer violência sexual por parte desses atletas do tricolor, que imediatamente foram presos pela polícia local.

Por conta da dificuldade de informações da época, o caso teve repercussão apenas pelos jornais. Na ocasião, os atletas alegaram que a jovem entrou no quarto e se despiu para os jogadores, com quem acabou tendo relações sexuais consentidas. Os jogadores ficaram cerca de trinta dias detidos na cidade de Berne, mas foram soltos mediante fiança. 

Segundo informações de jornais da época, a jovem não reconheceu Cuca como um dos agressores, mas confirmou a sua presença no quarto no momento em que teria sofrido os abusos sexuais. Os atletas retornaram ao Brasil, e dois anos depois, em 1989, foram condenados no caso. Cuca recebeu uma sentença de 15 meses de prisão por atendado ao pudor com violência sexual, mas por não poder ser extraditado, nunca cumpriu essa pena e a condenação prescreveu. 

Outros dois colegas de Grêmio também foram condenados por abusos sexuais, e o outro foi inocentado. O advogado dos atletas na época afirmou que apenas um dos atletas teve relações sexuais com a jovem e os demais foram condenados por estarem no ambiente. Cuca não teria sido o atleta a ter relações com a garota de 13 anos. 

O que Cuca disse sobre o caso?

Em entrevista recente, o treinador comentou sobre essa condenação de mais de 30 anos atrás, alegando sua inocência: 

“Não houve estupro como falam, como dizem as coisas. Houve uma condenação por ter uma menor adentrado o quarto. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual, tentativa de abuso ou coisa assim. Esse episódio de 1987 precisa ser explicado. Eu estava no Grêmio havia duas ou três semanas apenas, não conhecia ninguém. Eu jamais toquei numa mulher indevidamente ou inadequadamente. Sou um cara de cabeça e consciência tranquila”, disse o agora treinador do Corinthians, Cuca.

 

Tópicos


Mais notícias